Literatura - Artigos Boas Novas - A parábola do homem rico e Lázaro

A PARÁBOLA DO HOMEM RICO E LÁZARO


Jesus certa vez contou uma parábola sobre um homem rico que não ligava a um mendigo que estava à sua porta. A situação inverteu-se, no entanto, quando ambos morreram e Jesus descreveu uma situação que é muito diferente daquela que as pessoas acham que vai acontecer após a morte. Leia a parábola por si mesmo em Lucas, capítulo 16, versículos 19 a 31, e depois veja o que David Budden tem a dizer sobre isso.

Introdução

Muitos encontram dificuldades nesta esta parábola e certamente apresenta problemas. No entanto, os seguintes pontos devem ser observados:

A ideia principal da parábola vem no verso final – se as pessoas se convencerem pela Palavra revelada de Deus, então mesmo uma ressurreição dos mortos não faria nenhuma diferença.

A História

A história é sobre um homem rico e um mendigo chamado Lázaro. O homem rico vivia em grande luxo, mas o mendigo à sua porta – um homem que ele conhecia por nome – Estava numa situação lastimável, coberto de feridas que eram lambidas pelos cães. Ambos os homens morreram; Lázaro foi para o “Seio de Abraão”, mas o homem rico, tendo sido sepultado, foi para o”Inferno” (“Hades”), onde ele sofria dor extrema em chamas. Lá havia um grande abismo entre os dois, mas mesmo assim eles poderia falar uns com os outros e o homem rico pediu a Abraão para enviar Lázaro a ele com um pouco de água fria para acalmar a sua sede.

Abraão lembrou ao homem o passado, quando ele tinha ignorado o sofrimento do mendigo à sua porta, mas, para além disso, o grande abismo tornava impossível que Lázaro fosse ter com ele.O homem então se lembrou dos seus cinco irmãos e pediu que Lázaro fosse enviado para avisá-los da necessidade de arrependimento. "Eles têm suas Bíblias", respondeu Abraão. "Sim", respondeu o o homem em sofrimento, “mas se um dos mortos for adverti-los, eles estariam avisados”. A resposta de Abraão foi: “Se ignoram a Palavra de Deus, então até mesmo um milagre será em vão”.

Comentário

Esta parábola não apresenta o ensinamento de Jesus sobre a vida para além da sepultura. A Bíblia é enfática, e Jesus ensinou, que os mortos “dormem” em suas sepulturas, totalmente inconscientes até o dia da ressurreição. (Veja João 11:11-14, 23-25 e Mateus 22:23-33).

Por muitos anos a Judeia tinha sido parte do império Grego e o pensamento Grego, com ideias de almas imortais, tinha penetrado o pensamento Judaico. A expressão “no seio”significa uma relação muito estreita –  Jesus usou o termo para expressar o seu relacionamento com seu Pai (João 1:18). No cenáculo, João – o discípulo a quem Jesus amava – estava reclinado no seio de Jesus. Então, os justos são considerados como estando “no seio de Abraão”, sendo Abraão o pai dos fiéis.

Jesus está fazendo uma paródia das falsas crenças que então existiam e, portanto, expõe os seus absurdos. Será que os justos realmente são capazes de ver os ímpios contorcendo-se em chamas eternas? Serão eles capazes de conversar entre si, mas estar impotentes para ajudar? Claro que não! Nós precisamos de lembrar que Jesus estava falando aos fariseus que eram maus, os homens abraçavam essas ideias pagãs ridículas.

Mas porque é dado o detalhe sobre os cinco irmãos? Caifás era o Sumo Sacerdote na época e teve cinco cunhados, os quais foram sacerdotes. Aqueles escutando a parábola entenderiam que a parábola era, em primeiro lugar para as ouvidos de Caifás. Jesus, de facto, ressuscitara um homem chamado Lázaro dos mortos e devido a esse milagre muitas pessoas acreditavam em Jesus (João 11:45). A resposta dos Fariseus, que foi bastante diferente, pois eles “resolveram matar também Lázaro” (12:10).

Assim, as palavras de Jesus eram justificados. Aqueles que puseram os seus rostos contra a palavra de Deus não serão movidos nem mesmo por uma ressurreição dos mortos.

Conclusão

Estamos rodeados por milagres da natureza e a televisão nos permite testemunhar as maravilhas da complexidade e inter-dependência para além da nossa compreensão. Será que as pessoas são compelidas a glorificar Deus e apreciar o Seu poder infinito? Nada disso! Assim, tal como foi há dois mil anos, os que ignoram a Palavra escrita de Deus não podem ser demovidos por  qualquer evidência que eles vejam de um Criador interessado na terra que criou. Em vez disso, é provável que digam “Deus provavelmente não existe.” A sério!

David Budden

(Article: The Parable of the Rich Man and Lazarus, Glad Tidings 1509, pag. 10-11)

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